AS PRÓTESES DE SILICONE

Formatos: meia-lua, redonda, anatômica ou natural, em forma de gota.

Tamanhos: geralmente, de 125ml a 500ml, fabricadas com variações de 25ml ou de 40ml entre uma e outra.

Garantia: em torno de 8 a 10 anos. Todas as próteses têm garantia contra rejeição e vêm com certificado.

Quando trocar: geralmente, a cada 10 anos, mas não há um prazo específico para a troca da prótese. Dependendo da saúde e da manutenção da paciente, a durabilidade pode chegar a 20 anos ou até para sempre.

Cuidados: a mulher deve ir regularmente ao ginecologista e fazer exames periódicos de mamografia.

Por onde colocar: cada método tem vantagens e desvantagens e a escolha deve ser feita junto com o médico. A altura da prótese depende do perfil de tórax da mulher (alto, baixo e moderado), em função da projeção que se pretende ter da mama. Já o local de incisão pode ser sob o seio, ao redor da aréola ou na axila e a colocação, sob a musculatura peitoral ou sob a glândula mamária.

PRÓS E CONTRAS DE CADA MÉTODO

Aréola: indicado para quem tem aréolas grandes e pele clara e contra-indicada para mulheres com aréolas pequenas. A cicatriz fica no formato de um semicírculo na linha inferior da aréola.

SOB O SEIO:  técnica mais usada em São Paulo, a incisão é feita no sulco mamário. A cicatrização é boa e quase não visível.

Axilas: Opção da paciente quando não deseja nenhuma cicatriz nas mamas. A vantagem é que a cicatriz fica na axila e é a menos visível. A desvantagem é que a dor é maior nessa técnica e exige um pós-operatório mais rigoroso.

Subglandular: técnica mais usada, a prótese é colocada embaixo da glândula mamária. O resultado costuma ser um dos melhores esteticamente e o pós-operatório é menos dolorido. Contra-indicada para quem não tem a pele firme nesta região.

Submuscular: a prótese é colocada embaixo do músculo do tórax. O pós-operatório é mais dolorido, mas a técnica proporciona maior proteção ao implante. Indicada para mulheres com poucas mamas e pele fina.

A CIRURGIA

Pré-operatório: faça todos os exames solicitados pelo médico, como eletrocardiograma, exame de sangue e, em alguns casos, mamografia e ultrassonografia de mama.

Anestesia: local com ou sem sedação, ou peridural (aplicada nas costas) com sedação, ou geral.

Duração da cirurgia: cerca de 1h.

Tempo de hospitalização: por volta de 8 horas.

Pós-operatório: o médico receita antibióticos, anti-inflamatórios e analgésicos, podendo haver dor nos três primeiros dias. Deve-se usar sutiã pós-operatório por 40 dias ou mais e os pontos são retirados de sete a dez dias após a cirurgia, quando não forem todos internos. Atualmente há a opção da cola biológica. Pode-se retornar ao trabalho em cerca de três dias, deve-se evitar a prática de esportes e relações sexuais por, pelo menos, 15 dias e só voltar à academia após 2 meses e a dirigir após 20 dias. As “ratas de praia” têm que esperar três meses para voltar a tomar Sol.

POSSÍVEIS RISCOS E COMPLICAÇÕES

Além dos riscos gerais de qualquer cirurgia, há casos, embora raros, de se adquirir hematomas, infecções e quelóides (cicatrizes exageradas e grossas, causadas conforme predisposição individual do organismo da mulher, que pode ser tratada com o uso de pomadas e medicações).

Também é possível que a mulher tenha contratura ou retração capsular e rejeição da prótese. Nestes casos, a forma da mama muda, além de endurecer e causar dor.

CURIOSIDADES SOBRE OS IMPLANTES DE MAMA

A primeira cirurgia foi realizada em 1895, por Czerny, que usou um lipoma (tumor benigno formado pelo acúmulo de gordura sob a pele), que se formou em outra região do corpo da paciente, para reabilitar sua mama operada de fibroadenoma (outro tipo de tumor benigno).

Nas décadas de 1950 e 1960, o silicone líquido passou a ser amplamente usado nos implantes de seio. Todos os materiais empregados anteriormente causavam muitas complicações e não resultavam em uma forma de mama adequada.

Nos implantes “pré-prótese de silicone” eram usados substâncias como injeções de parafina, enxerto de gordura, bolas de vidro, próteses de marfim, óleo e até gordura de cadáver.

As próteses de silicone salinas, preenchidas com soro fisiológico, foram proibidas nos Estados Unidos durante 14 anos, por suspeita de aumentar o risco de câncer de mama. A substância passou a ser liberada por falta de dados científicos que provassem a veracidade da hipótese.

RESPOSTAS ÀS DÚVIDAS MAIS FREQÜENTES

Idade: a partir de 18 anos, não havendo limite de idade para a colocação da prótese.

Exames de mamografia: a prótese pode atrapalhar a análise do exame, mas hoje é possível que os médicos façam uma análise minuciosa dos mesmos e da paciente, evitando esse problema.

Câncer de mama: o risco de se contrair a doença não aumenta com o implante de silicone.

Amamentação: a prótese não atrapalha na amamentação e a mulher pode engravidar três meses após a cirurgia. Já as mães que querem voltar à antiga forma, o implante de silicone pode ser colocado três meses após o término da produção de leite. A intensidade da dor no pós-operatório independe do fato de a mulher já ter amamentado ou não.

Pode estourar? É muito raro, mas pode acontecer em situações que envolvam traumas muito fortes como acidentes automobilísticos graves.

Efeito da gravidade: mesmo com a prótese de silicone, as mamas podem cair com o passar do tempo, de acordo com a elasticidade da pele e da glândula mamária da mulher, já que o silicone não tem a mesma característica da glândula.

Sensibilidade: em alguns casos, a mulher pode perder a sensibilidade, principalmente em mamas com maior volume. A perda pode ser parcial ou localizada, definitiva ou temporária.

Fonte: http://www.guiadasemana.com.br/compras/noticia/silicone-mitos-verdades-e-curiosidades